Edy Star - Sweet Edy - 1974

Edy Star fez parte da trupe da "Sociedade da Grã-Ordem Cavernista" (discaço, já publicado no site) e tem nesse seu primeiro trabalho solo, resquícios da maravilhosa sândice que já havia sido produzida na obra ao lado de Raulzito, Mirian Batucada e Sérgio Sampaio. Edy, hoje, é o único membro ainda vivo daquela galera. Toda a qualidade contida nesse álbum, serve para mostrar o seu valor no clássico supracitado, que por muitos é visto como uma obra de Raul + três. Esse álbum de Edy é surpreendente e inusitado, a julgar pela capa altamente "glam", que já da a entender que algo de diferente há de vir. Ame ou odeie! Não há uma maneira mais realista de definir essa grandiosa e por muitos desconhecida, obra do baiano Edy. Imagine um álbum que tem de tudo, que vai do rock ao tango, como é o caso da genial "Coração Embalsamado", assim como o Baião/Soul/Hardcore "Claustrofobia", só para se ter a ideia de o quão o álbum é versátil e reserva surpresas em cada uma de suas faixas. As composições são assinadas algumas por Edy Star, outras por gente como as duplas Roberto e Erasmo Carlos, Moraes Moreira e Galvão; além de canções de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Mautner e Leno; feitas especialmente para esse trabalho. O grande barato são as interpretações de Edy, com sua voz e personalidade únicas. O que ao mesmo tempo afasta cada canção do estilo de seus compositores, transforma o álbum em um mix de tudo, um milhão de influências e uma identidade, que realmente torna Edy ainda mais "Star" do que o seu nome já sugere. Essa obra deve ser escutada com ouvidos atentos e abertos ao novo, mesmo se tratando de um "novo" produzido há 42 anos. Só para deixar claro! Faço parte dos que amam essa obra, fantástico! Ouça e comprove!