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Biografia

Dedico um espaço, em especial, para iniciar uma série de postagens em que o foco será mostrar a todos, os que conhecem ou ainda não tiveram essa chance, a imensa importância de Ricardo Cravo Albin no cenário artístico nacional.

Mais do que um admirador da obra, posso dizer com a autoridade de quem conviveu e convive com ele, sobre toda a sua simplicidade, generosidade, paixão e dedicação incondicionais pelas artes em um todo, em especial pela música, além do trabalho maravilhoso de conservação da nossa história que é realizado pelo instituto que carrega o seu nome, ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin), mantendo um acervo grandioso, que conta com LPs, imagens, livros, objetos; dentre tantas outras preciosidades.

Ricardo Cravo Albin é um arquivo vivo. Participou diretamente de movimentos e trabalhos, desde suas concepções, que foram de suma importância para muito do que hoje é produzido no Brasil e no mundo.

Nascido em Salvador, no dia 20 de dezembro do ano de 1940, Ricardo Cravo Albin é um conceituado musicólogo, historiador de MPB, produtor musical, produtor de rádio e televisão, crítico, escritor e comentarista. Ricardo atuou como diretor geral da Embrafilme, presidente do Instituto Nacional de Cinema e responsável por uma infinidade de programas na Rádio MEC, desde o início da década de 70.

No ano de 1968 criou a Escola Brasileira de Música Popular - Museu da Imagem e do Som, com reitoria do maestro Guerra Peixe.

Cravo Albin foi diretor Cultural do "1º Festival Internacional de Cinema", do Rio de Janeiro. Durante os anos de 1967 e 1969, atuou como "Julgador Oficial dos Desfiles do Grupo A, das Escolas de Samba do Rio de Janeiro".
Entre os anos 1966 e 1971, foi membro efetivo do Corpo de Jurados dos Festivais Internacionais da Canção Popular.
Foi Chefe das Delegações Brasileiras junto aos "Festivais Internacionais de Cinema de Cannes", na França nos anos de 1970 e 1971. Em 1970 recebeu o título de "Cidadão da Guanabara", conferido pela Câmara dos Vereadores do então Estado da Guanabara.

Foi convidado por governos estaduais, de Museus da Imagem e do Som em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Aracaju, Florianópolis, Brasília, Recife, Belém, Natal, Teresina, Dourados (MS), Manaus, Uruguaiana (RS), Volta Redonda e Londrina entre os anos de 1967 e 1985; sendo tido como "fundador convidado", levando-se em conta o trabalho pioneiro realizado no Rio de Janeiro. De 1968 a 1988 trabalhou como Comentarista da Rede Globo e julgador oficial dos desfiles das escolas de samba.

Foi membro do júri internacional do "Prix Itália", enviado pela Rede Globo, em 1982 (Veneza). Coautor do texto, junto com Pompeu de Sousa, que propôs a revisão da censura à Comissão Constituinte da Constituição de 1988. Comentarista de assuntos culturais da TV Manchete no ano de 1992. No ano posterior, em 1993 foi o criador, apresentador e âncora do prêmio "Roquete Pinto - TVE - Especial de Fim de Ano", da TVE em cadeia nacional ao vivo. No ano de 1994 tornou-se "Sócio Benemérito" das escolas de samba Mangueira, Portela, Império Serrano, Salgueiro e União da Ilha e foi fundador e presidente do Conselho Consultivo de Pesquisadores da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba). Ainda em 1994 trabalhou como Consultor da UERJ e do seu Centro de Pesquisas Sociais; Representante do Brasil - como convidado da ONU - junto ao Comitê Organizador da ONU para preparação das Festas Populares dos 50 anos da ONU; Membro da Comissão Organizadora para as "Comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil" (Ministério das Relações Exteriores) e atuou como Representante do Brasil em palestras sobre cultura popular (Madrid, Barcelona, Washington, San Francisco, Lisboa, Aruba e Estocolmo) até o ano de 1996. No ano seguinte, em 1997, foi eleito membro Efetivo do PEN CLUB do Rio de Janeiro, que se trata de uma organização de escritores empenhada na defesa da liberdade de expressão e nos direitos e valores humanistas.

Publicou diversos livros sobre vários assuntos, entre eles: "O canto da Bahia" (monografia/1973); "De Chiquinha Gonzaga a Paulinho da Viola" (1976); "Da necessidade do fazer popular" (1978); "Índia, um roteiro bem e mal humorado", Editora Mauad (1996); "MPB - A história de um século", edição trilingue MEC/Funarte (1997), lançado na Academia Brasileira de Letras, tendo como conteúdo a história de cem anos de MPB.

Ricardo foi o idealizador do "Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira" (www.dicionariompb.com.br), visto por muitos como sua maior obra.

O dicionário conta hoje com milhares de verbetes que apresentam o perfil de muitos dos artistas que fazem parte da nossa música.

Hoje é o diretor do ICCA, que tem sede em um prédio que tem uma privilegiada cobertura, dando acesso direto ao morro da Urca, localizado no bairro de mesmo nome, já tendo realizado uma infinidade de exposições, saraus e outros eventos; além de ser presidente da Academia Carioca de Letras.

Ricardo é também formado em Direito, Ciências e Letras.

Com esse perfil multifacetado, não é de se admirar o quão respeitado é por todos, em especial, aqueles que fazem parte do cenário artístico nacional.

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