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Eliana Pittman – Eliana Pittman - 1971


Eliana Pittman é uma daquelas cantoras que o mundo abraçou o talento e infelizmemente, hoje, muitos aqui não tem a sorte de conhecer essa versátil artista

A menina Eliana, talvez, jamais teria se tornado uma cantora extremamente reconhecida lá fora, mas talvez por uma obra do destino, sua mãe se casou com um grande e conhecido saxofonista americano, Booker Pittman, de quem Eliana herdou o sobrenome e a musicalidade, sendo apresentada a tudo o que de bom rolava lá fora,

No toca discos de Eliana, passou a tocar muitos álbuns de Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald (cantoras que posteriormente teve a chance de conhecer) e foi se familiarizando com o meio musical, até que aos 15 anos, em uma apresentação com Booker. em uma emissora de Tv, nascia de uma vez por todas a cantora que também ficou conhecida como bailarina e atriz, tendo adquirido com o tempo grande presença de palco e sendo comparada a grandes nomes do "show business" norte-americano.

A sorte parecia mesmo estar aliada ao talento de Eliana, que teve a chance de fazer aulas de atuação e dança com nomes como Sammy Davis Jr..

Embalada pela Bossa Nova, Eliana se tornou uma febre lá fora e ao voltar ao Brasil também acabou reconhecida pela maneira diferente de cantar, esse mix da brasilidade com as influências norte-americanas.

Quando seu pai ficou doente, Eliana pensou em largar a carreira, mas foi incentivada pelo mesmo e assim fez.. Daí pra frente só sucesso. Eliana ganhou os palcos da europa, america central e outrros países da america do sul.

Ao retornar ao Brasil, Eliana virou febre, ganhou programa, cantou para a rainha da Inglaterra e gravou inúmeros álbuns, como este sobre o qual enfim vamos falar.

O álbum começa com a boa "Benzim", com uma bela produção, digna da artista que é Eliana, naipes de metais unidos a modas de violas e um piano marcante que conduz toda a canção,.

O ponto alto e mais forte do album é o mix de samba jazz com sambão "Bezouro Mangangá", homenagem ao grande capoeirista baiano que usava este apelido..

A música pulsa com um contrabaixo marcante, um coro afinadíssimo, uma guitarra seca marcando e um piano usando e abusando dos arpejos.

A terceira canção, tem uma pegada mais regional, com um triângulo dando todo aquele toque nordestino, tendo na própria letra uma temática que combina perfeitamente com a proposta harmônica da canção.

Dentre tudo que o álbum oferece aos nossos ouvidos, destaco também o samba "Vou Pular Neste Carnaval" e a belíssima interpretação para a canção de Ednardo, "Beira Mar", que começa de maneira amena, mas logo ganha uma pegada funk e um naipe poderoso de metais, dando todo o suporte para que Eliana solte seu vozeirão.

Vale muito ouvir o álbum, reserva boas surpresas. Daqueles que se pode deixar rolar toda, sem a preocupação de precisar pular uma faixa ou outra.

Faixas:

1. Benzim 2. Bezouro Manganga 3. Ladainha 4. E Dinheiro Só 5. Vou Pular Neste Carnaval 6. Murmurando 7. Treze Carneirinhos 8. Beira-Mar 9. Eu Sei Que Vou Chorar 10. Nem Saudade 11. Pernambuco 12. Um Sonho A Mais


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