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Arnaud Rodrigues - Som do Paulinho - 1976


Quem tem mais de trinta anos, certamente lembra do sujeito magro, de cabeleira abundante e que a cada semana entrava no cenário do humorístico "A Praça é Nossa", carregando pelo braço um negrinho que atendia por Buiú e tinha como bordão:

- Bobeou a gente Pimba!

Indo além! Esse mesmo sujeito foi responsável por inúmeras parcerias, de sucesso, com o mestre Chico Anysio, chegando a lançar um álbum voltado para o humor, intitulado de "Baianos e os Novos Caetanos".

Sim! Arnaud Rodrigues teve uma carreira músical, séria, antes mesmo de voltar seu talento como ator, em especial, para o humor.

Publico esse álbum mais como uma curiosidade do que por conta da complexidade harmônica ou melódica, a intenção é apresentar a todos mais uma das facetas desse carismático artista, que acabou por ter uma morte trágica, em um desastre envolvendo uma embarcação, no ano de 2010.

O artista chegou a lançar até que uma grande quantidade de álbuns, mas acabou, musicalmente, mais conhecido pelos trabalhos lançados na década de 70, a exemplo do álbum aqui citado..

No que se diz respeito à sonoridades, podemos encontrar nesse álbum elementos de baião, funk, brega (ao melhor estilo Odair José), samba e até uma pegada rock and roll; muito por conta de uma guitarra altamente fuzz, encontrada em algumas canções.

Destaco a canção que da nome ao álbum, que conta com a voz de Arnaud, fazendo contrapontos redondos, com um coro, em uma canção com uma levada meio baião com guitarras distorcidas.

Outra canção legal é "O Dia que o Diabo Roubou o Bar do Português", que começa com um violão despretencioso, que do nada ganha uma levada samba funk que é puro swingue e metaleira.

A canção "Sete de Setenta e Oito" eu destaco por um simples motivo, tem como tema o futebol, que pelo visto se tratava de uma das paixões de Arnaud, tanto que chegou a exercer durante algum tempo, o papel de presidente do clube de futebol "Palmas Futebol e Regatas".

A música mais interessante do álbum é "Teté Das Lendas Rurais", com um arranjo interessante, um piano marcante, a guitarra bem presente, a bateria dialogando bem com os instrumentos de percussão e o coro que acompanha Arnaud em todas as canções.

Vale a experiencia de ouvir, mesmo que por curiosidade. Àqueles que eram fãs do artista atuando, terão a chance de conhecer mais essa peripécia do saudoso e multifacetado Arnaud Rodrigues.

Faixas:

A1 Som Do Paulinho 3:40

A2 Rock De Minas Gerais 3:35

A3 O Dia Que O Diabo Roubou O Bar Do Portugues 3:40

A4 Em Cima Daquele Morro3:49

A5 Sete De Setenta E Oito (Riva, Giva, Zico, Gêra) 3:15

B1 Indio Do Uruguay 2:57

B2 Teté Das Landas Rurais 3:13

B3 Mercado São José 3:05

B4 Negro Pescador 3:42

B5 Gaivota Humana 3:32


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